Falafel

Outro dia estava relembrando minha viagem ao Oriente Médio, aquela que fiz há alguns anos quando decidi que precisava de "um tempo para mim" (clichê, eu sei). E de todas as memórias culinárias que trouxe na bagagem, o falafel foi, sem dúvida, uma paixão à primeira mordida! Aquelas bolinhas crocantes por fora e macias por dentro me conquistaram de um jeito que até hoje, quando preparo na minha cozinha minúscula de apartamento, sinto aquele ventinho quente do deserto e o burburinho dos mercados de especiarias.

Um docinho que conquistou seu coração? Salve no Pinterest para encontrar depois!

Por que você vai adorar este Falafel

Vou te contar uma coisa: falafel não é só comida, é terapia. Sério mesmo! Quando estou tendo um dia daqueles e preciso descontar a frustração em alguma coisa, amassar e moldar aquela massa de grão-de-bico vira quase uma sessão de mindfulness (só que mais gostosa e menos cara que terapia).

E tem algo mágico em ver aquelas bolinhas douradas saindo da frigideira. É tipo aquela satisfação instantânea que a gente raramente consegue na vida adulta, sabe? Você coloca ali, espera uns minutinhos e – pam! – sucesso garantido. Diferente daquele relatório que você está tentando terminar há três semanas…

Além disso, falafel é democrático! Serve tanto pro almoço rápido de segunda-feira quanto pro jantar de sexta com os amigos que você quer impressionar com suas "habilidades internacionais" na cozinha (não precisa contar que é super fácil).

Os Ingredientes

• 500g de grão-de-bico seco (deixado de molho por 12 horas… eu sei, parece uma eternidade, mas confie em mim!)
• 1 cebola média picada (aquela que vai te fazer chorar, mas vale cada lágrima)
• 4 dentes de alho (ou 6, se você é como eu e acredita que alho é vida)
• 1 maço de coentro fresco (sim, eu sei que tem gente que odeia coentro. Substitua por salsinha, não vou julgar… muito)
• 1 maço de salsa fresca (casamento perfeito com o coentro)
• 2 colheres de chá de cominho em pó (aquele toque do Oriente Médio que faz toda diferença)
• 1 colher de chá de coentro em pó
• 1 colher de chá de pimenta síria ou caiena (ajuste conforme sua tolerância a momentos "socorro, minha boca está pegando fogo!")
• 1 colher de sopa de fermento em pó (o segredo para o falafel fofinho)
• Sal a gosto (eu sempre coloco um pouquinho a mais do que acho necessário e nunca me arrependo)
• Óleo para fritar (quantidade suficiente para mergulhar parcialmente os falafeis)

Como preparar este Falafel

Passo 1: O famoso molho do grão-de-bico

Comece deixando o grão-de-bico de molho em água por pelo menos 12 horas. E não, não tente pular esta etapa usando grão-de-bico em lata! Já tentei esse atalho uma vez e o resultado foi uma espécie de purê que se desintegrou no óleo. Digamos que meu jantar romântico virou um pedido de delivery bem rápido.

Dica valiosa: troque a água umas duas vezes durante o molho. Isso diminui aquele… hum… efeito colateral gasoso do grão-de-bico. Seus convidados vão agradecer silenciosamente.

Passo 2: A mistura mágica

Depois de escorrer o grão-de-bico (que deve estar bem inchado e lindo), coloque-o no processador junto com a cebola, o alho, o coentro e a salsa. Pulse até obter uma massa grossa, mas não transforme tudo em pasta! O segredo do falafel é manter um pouco da textura. Pense nisso como um esfoliante facial – você quer sentir os grãozinhos!

Passo 3: Temperando o sonho

Transfira essa mistura verde para uma tigela grande e adicione os temperos: cominho, coentro em pó, pimenta, sal e o fermento. Misture tudo com as mãos (sim, vai sujar as mãos, mas é parte da experiência sensorial – e dá ótimas fotos pro stories).

Deixe a massa descansar na geladeira por uns 30 minutos. Esse é o momento perfeito para você limpar a bagunça na cozinha, fazer uma máscara facial ou responder aquelas mensagens que você está ignorando há dias.

Passo 4: Modelando as estrelas do show

Com as mãos levemente umedecidas (para a massa não grudar), forme bolinhas do tamanho de uma noz ou discos pequenos. Eu prefiro as bolinhas porque são mais fofas, mas os discos ficam mais crocantes. Dilemas da vida moderna…

Passo 5: O momento da verdade – a fritura

Aqueça o óleo a 180°C. Se você não tem termômetro (como eu), jogue um pedacinho da massa: se subir rapidamente com bolhinhas ao redor, está no ponto certo.

Frite os falafeis em pequenos lotes por cerca de 3-4 minutos, até ficarem dourados e crocantes. Não superlote a panela! Falafeis são como adolescentes – precisam de espaço pessoal.

Escorra em papel absorvente e sirva imediatamente para garantir aquela crocância divina.

Conselhos de conservação

Se por algum milagre sobrar falafel (algo que raramente acontece na minha casa), você pode guardá-los na geladeira por até 3 dias. Mas saiba que eles nunca mais serão tão crocantes quanto no dia em que nasceram.

Para reaquecer, evite o micro-ondas (a menos que você goste de falafel borrachudo). O forno pré-aquecido a 180°C por uns 10 minutinhos devolve um pouco da dignidade da crocância perdida.

Uma alternativa genial é congelar a massa crua já em formato de bolinhas. Assim, quando bater aquela vontade repentina, é só tirar do freezer e fritar direto (adicione uns minutinhos ao tempo de fritura).

Variantes e substituições

A beleza do falafel é que ele aceita adaptações! Algumas ideias malucas que já testei:

• Troque parte do grão-de-bico por lentilhas para um sabor mais terroso.
• Adicione um pouquinho de tahine na massa para um toque extra de cremosidade.
• Jogue um punhado de sementes de gergelim na massa para um crunch surpresa.
• Para versão sem fritura: achate os falafeis e asse em forno alto com um borrifada de azeite. Não fica igual (nada supera o fritinho), mas é uma alternativa respeitável para os dias de culpa pós-feriado.

E para quem tem restrições, o falafel é naturalmente vegano e sem glúten! Já é quase um superalimento, tirando a parte da fritura, claro. Mas quem liga? A vida é curta demais para contar calorias o tempo todo!

Com o que servir este Falafel

O casamento perfeito para o falafel é, sem dúvida, um bom molho de tahine. Misture tahine com suco de limão, alho e um pouquinho de água até chegar na consistência de mel.

Falafel também pede pão pita (aquele que abre e forma um bolsinho) recheado com homus, tabule, pepino fatiado e tomate. Quando mordo um sanduba desses, quase posso ouvir os vendedores de Jerusalém gritando no mercado.

Para um jantar mais elaborado, monte uma mesa de mezze (petiscos do Oriente Médio): homus, babaganoush, pão pita, azeitonas temperadas, pepinos em conserva e, claro, nossos falafeis estrelas.

Ou faça como eu em dias preguiçosos: falafel direto na boca com uma colherada generosa de iogurte temperado com hortelã. Sem julgamentos aqui!

FAQ

Posso usar grão-de-bico em lata?
Teoricamente sim, praticamente não. O grão-de-bico em lata tem muito mais umidade e vai transformar sua massa em algo semelhante a um purê de batata molhado. Se for emergência de falafel (sim, isso existe), escorra MUITo bem e adicione um pouco de farinha de grão-de-bico para compensar.

Meu falafel desintegrou no óleo. Onde errei na vida?
Provavelmente sua massa estava muito molhada. Adicione uma ou duas colheres de farinha de grão-de-bico (ou farinha de trigo se não for celíaco) e tente novamente. Também certifique-se de que o óleo está bem quente antes de mergulhar os falafeis.

Não tenho processador. Missão impossível?
Nada é impossível para quem realmente quer falafel! Use um mixer de mão ou até mesmo um pilão (olha o treino de braço grátis!). Vai demorar mais, mas o sabor final compensa o esforço.

Como deixar o falafel ainda mais verde por dentro?
Mais coentro e salsa! E, se quiser radicalizar, uma colher de sopa de espinafre picado na mistura. Instagram-friendly garantido!

Sabe o que eu mais amo no falafel? É como ele me transporta para lugares distantes sem precisar comprar passagem. Cada mordida me lembra daquela tarde em Tel Aviv, sentada na beira da praia, com um sanduíche gotejando molho pelos dedos e o sol se pondo no horizonte. Comida tem esse poder mágico de guardar memórias, não é?

Agora me conta: você já experimentou fazer falafel em casa? Ou tem alguma adaptação especial que deixa seu falafel com sua cara? Compartilha comigo nos comentários! E se fizer essa receita, me marca nas redes sociais – nada me deixa mais feliz que ver meus leitores se aventurando na cozinha com minhas receitas favoritas. Bom apetite e até a próxima viagem gastronômica!